28/02/2018 - A mãe sai sozinha

Aproveitando estar em férias, o pai resolve tentar corrigir um problema da TV a cabo que se arrasta há meses. O sinal do quarto há muito tempo não pega e, apesar de há anos o pai pedir para a mãe  (que trabalha em regime de home office) agendar data para a correção, ela nunca fez isso. Pois bem, então vamos finalmente corrigir a bagaça. 

Visita agendada para o dia tal e... nada. Na verdade, por coincidência, na manhã do mesmo dia houve um problema geral da empresa no nosso prédio (um amplificador de sinal do prédio, aparentemente), fazendo com que todo o sinal caísse, não só da TV a cabo, mas também da internet e telefone. E a visita específica agendada para corrigir o probleminha de sinal no quarto virou uma visita coletiva. No final das contas, o problema geral foi corrigido, mas não restou tempo para acertar o nosso problema específico.

Visita agendada para o dia seguinte, ok. O problema é que a mãe, na manhã do mesmo dia, resolveu marcar um exame ortopédico do bebê e achou um encaixe bem para o horário da visita do técnico da TV a cabo... logicamente que a ansiedade venceu a programação e ela resolveu que iria naquele momento. E se o pai não pode ir por conta da visita técnica agendada, que se dane: ela vai sozinha!! Afinal, um dia ela vai ter que fazer isso mesmo, não?

Bom, de fato em algum momento isso ia acontecer. O problema é que a mãe tem extrema dificuldade com qualquer coisa que demande mínima habilidade manual para mexer e utilizar máquinas. Isso é até curioso, considerando que a profissão da mãe é programar máquinas (TI). Mas, enfim, ela é desse jeito e não há nada que possa ser feito a respeito. Esclarecido isso, dá para entender as perguntas do ENEM: como colocar o bebê no bebê-conforto? Como encaixar o bebê-conforto na base instalada no carro? Como prender o cinto de segurança? Como soltar o bebê-conforto da base? Tudo isso é uma espécie de Ironman para a mãe, tarefa hercúlea, dificílima e que demanda horas de esforço monumental. 

O pai instrui e demonstra para a mãe como tudo isso é fácil. De fato, após rápidos 15 minutos, a mãe consegue fixar o bebê no bebê conforto. O pai faria isso no tempo que demora a troca de pneus num F-1, mas isso não vem ao caso. O importante é demonstrar para a mãe que o negócio não é tão difícil. Exatamente na hora de irem os dois fixar o bebê-conforto na base do carro, o interfone toca. Lei de Murphy, o técnico da TV cabo chegou exatamente no horário!!

Assim, a mãe desce sozinha com o bebê para a garagem, enquanto o pai fica esperando o técnico da TV a cabo, com a vã esperança de que a mãe irá conseguir fixar sozinha o bebê-conforto no carro. No mesmo momento em que o técnico toca a campainha, a mãe liga em desespero, perguntando como fixar o %#$*¨&%@# do bebê-conforto. (lembramos aqui que é só colocar em cima da base e esperar fazer um clique). O pai pergunta se a cabeça do bebê está virada para a frente do carro e o primeiro obstáculo se resolve instantaneamente. Mais 2 minutos e outra ligação: como desliga o ar condicionado do carro? Difícil, mas o pai consegue explicar em menos de meia hora. Acabou? Nãããããão, mais 2 minutos e nova ligação: como fecha o teto solar do carro? Logicamente que depois a mãe ainda ligou após mobilizar todo o estacionamento da clínica para tentar entender como solta o bebê-conforto da base (isso o pai realmente consegue fazer com um dedo em menos de 1 segundo). Ainda houveram outras ligações, mas essas se referem apenas a questões documentais...

Mas e a TV a cabo? Bom, em menos de 5 minutos o decoder foi trocado e ela voltou a funcionar.


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