02/04/2018 - As primeiras palavras?

Caramba, ontem o Rafael Kenzo começou a engatinhar e logo a seguir já disse as primeiras palavras! Inacreditável!!!! E adivinha quais foram?

PRIMEIRO DE ABRIL, DIA DA MENTIRA!!

Bom, agora voltamos à programação normal, com muita cagada, peido e choro....


01/04/2018 - Já começou a engatinhar??

Eu sempre achei que o Rafael Kenzo, nesse pouco tempo de convivência, era um rapaz precoce. O pescocinho dele já tá bem firminho, ele já mumunha algumas coisas e reage a diversos estímulos visuais, sonoros e táteis, coisas que bebês mais velhos não fazem.

Também percebi nele uma força diferente, maior do que imaginava ver num bebê de sua idade. A mãe, especialmente, sofria com a força das perninhas quando ele ainda não tinha se acostumado a mamar e por vezes recusava o peito. Ele inclusive ficava de boa, numa posição estável, meio sentada, após a mamada para arrotar.

O que eu nunca imaginei é que ele, com menos de dois meses, já fosse começar a engatinhar!! Sim, bebês geralmente fazem isso após os 6 meses e o Rafael Kenzo começou com menos de dois meses!! Os pais descobriram isso meio sem querer: após acordar e antes de uma mamada, a mãe tem o costume de deixá-lo deitado de bruços, para estimular o seu desenvolvimento, e já percebia que ele conseguia coordenar alguns movimentos de pernas.

O que foi surpreendente foi deixá-lo de bruços hoje, esperando o de sempre e, de repente, perceber que ele conseguia ficar nos 4 apoios e mais ainda, conseguia engatinhar!! Sim, é uma engatinhada tímida, mas ele vai pra frente e pra trás!! E numa dessas ele chegou a tentar seguir a Polly!!!!


31/03/2018 - Timbre, tom e volume

Um mês e duas semanas e o Rafael Kenzo absurdamente ainda não aprendeu a falar. Ainda se comunica com o choro, embora tenha agregado ao seu arsenal de mídia um ou outro gestual, do qual falaremos mais adiante.

Mas o fato é que o choro continua sendo a principal forma de comunicação. Pode significar um monte de coisa como fome, sono, irritação, cólicas e palavrões de baixíssimo calão na linguagem do bebê. Mas ainda assim é a forma que ele tem de alertar os pais para algo. 

Aprender o significado desse choro é que é o ó. Tem hora que você acha que é fome e na verdade é irritação ou vice-versa. No entanto, ele sempre deixa bem claro quando está xingando os pais e as avós dos pais. Nesse momento o choro vem com força, com raiva, o volume é alto e o vizinho de três andares acima já está chamando a polícia desconfiando de maus tratos, quando na verdade os pais estão apenas trocando as fraldas dele (algo que ele já deixou bem claro não gostar).

Mas fora essa hipótese extrema, o chorinho dele tem umas sutilezas que aos poucos os pais vão pegando, especialmente a mãe que passa mais tempo com ele. Tem choro que é levinho, meio besta, passa rapidinho, que é o começo da fominha. Se a fome tá mais braba, o choro é um pouco mais constante, mas mesmo assim não chega a ser um xingamento à mãe dos pais. O choro da cólica parece o choro das fraldas, mas esse  os pais conseguem perceber pelo singelo fato de não estarem trocando as fraldas (além, é claro, da barriguinha estufada e dura)

E por aí vai. Mas o mais marcante é o choro do sono e irritação por não dormir é uma crescente que pode chegar à completa fúria parecida ao choro das fraldas, mas de longa duração para delírio dos vizinhos de todos os andares do prédio. Mas nada que alguns meses, um implante coclear pela perda de audição e um tratamento psicológico para os pais não resolva...


30/03/2018 - O primeiro tênis

O primeiro tênis de corrida a gente nunca esquece, né? Quer dizer, o pai não se lembra bem do dele e certamente a mãe não se lembra nem do último... mas naquela época não existiam blogs, armazenamento de informações na nuvem ou coisa do tipo. Afinal, considerando que as minicrianças não se lembram de muita coisa, não seria razoável exigir esse tipo de lembrança delas.

Na verdade, quando o pai era criança não existiam tênis de corrida no Brasil. Quer dizer, haviam os equipamentos importados, Onitsuka Tiger, Adidas, mas só para atletas de elite, certamente. E muitos dos corredores da época usavam o que havia à disposição mesmo, o Bamba, o Conga etc. Aliás, o pai há pouco tempo conseguiu testar um desses tênis da época para correr, o Bamba Cabeção, e sofreu... 


Mas isso aqui não tem nada que ver com o pai, e sim com o filho. O primeiro tênis de corrida de verdade que o pai se lembra de ter usado foi um Nike Air com o famoso solado waffle do Bill Bowerman. Um tênis que tava na moda dos adolescentes e que ele usou até o waffle desaparecer e o solado chegar na entressola de EVA... 

Agora o filho, com pouco mais de um mês já tem o dele. Presente do Edu Suzuki do Tênis Certo, um New Balance lindão. Vai demorar um pouco ainda para ele poder usar, já que é bem maior que o pé atual dele, mas quem sabe até lá ele não vai estar, de fato, pisando no chão?


29/03/2018 - Krig-Há Bandolo

O Rafael Kenzo muitas vezes muda por completo e não muda em nada. É um padrão a falta de padrão, embora seja visível justamente esse padrão. Então se uma hora reclama-se que ele dorme demais, no dia seguinte reclama-se que ele não dorme. Noutro momento, reclama-se que ele caga demais, em sequência, às vezes consumindo fraldas de forma quase irresponsável sob o ponto de vista ecológico. Aí dias após, a reclamação é a de que ele não cagou, que a barriga tá inchada, e que tá rolando um tipo de prisão de ventre. Não cagar por 10 horas é prisão de ventre? Parece, se o padrão é de cagadas a cada 3 horas.

Mas no fundo é assim mesmo. Ele não tem exatamente um padrão, um ciclo certinho como desejado tão ardorosamente pela mãe. Ele simplesmente sente, segue as vontades e sensações. Se é pra cagar, caga. Se tem sono, dorme. Se não tá afim de dormir, não dorme. Encerrar a vida num ciclo exato de 24 horas não me parece uma coisa tão lógica. O ritmo biológico das pessoas pode variar, pode ser de 25, 27 ou 20 horas e nós em geral nos adaptamos por força da vida em sociedade. A luz do sol ajuda a regular, assim como a falta de luz à noite, mas nas cidades essa falta de luz não é tão real e bagunça tudo em nossa vida, especialmente se a pessoa é sensível a essas questões de luz para acertar o próprio ritmo.

Com a cagada é a mesma coisa. Comeu demais, vai cagar mais, comeu de menos caga menos. No caso do Rafael Kenzo não dá pra falar que a alimentação varia porque é sempre aquele porre de leite materno. Mas ele não sabe ainda que o mundo tem outros sabores, então tudo bem. Mas como a própria alimentação da fonte do leite (também conhecido como mãe) pode variar, isso às vezes causa reflexos no ritmo.

Encontrar o ritmo é difícil, porque não há o certo e o errado. E como existem mil e uma "escolas"  de criação de bebês ("os pais têm que impor um ritmo", "os pais devem deixar os bebês criarem o próprio ritmo", "os pais precisam ser sensíveis", "os pais devem ser rígidos e regrados"), é difícil saber se uma das alternativas é a correta. Isso é ainda mais difícil para a mãe, formada em exatas, binária, do que para o pai que é de humanas, sossegado e que enxerga múltiplas possibilidades no mundo. 

No fundo, o Rafael Kenzo talvez seja como o pai, que prefere (ou sonha) ser essa metamorfose ambulante.


27/03/2018 - Banhos

Já escrevemos aqui até sobre o ofurô, mas nada específico sobre o banho, só elementos en passant. Pois bem, o banho no Rafael Kenzo não é exatamente algo que possa ser definido como algo tranquilo e fácil. Sim, é claro que ele gosta de água quentinha e relaxa bastante no ofurô. Mas o ofurô é uma simples imersão relaxante. Banho mesmo, na banheirinha, é uma outra história.

Pra começar porque o banho é dado num horário em que tem que acordar um bebê que não gosta muito de dormir e quando dorme, não gosta muito de acordar. Então, o cara já fica meio irritado. Se fosse jogador de futebol (talvez seja, sei lá), no próximo lance pode ter certeza que ia ter carrinho. Por trás. Como é bebê, é choro. Pela frente.

Na verdade ele também não gosta de ficar pelado. Não é porque ele tenha consciência de qualquer pudor ou coisa do tipo. É mais a homeostase, a mudança de estado. Ele tava vestido confortavelmente e, de repente, fica pelado. O rapaz não gosta muito dessa mudança de situação. E aí é carrinho por trás. Ou, no caso dele, choro pela frente.

Aí vamos para o banho em si. A mãe, um pouco neurótica (pelo menos é o que o pai acha) com a situação de carregá-lo pelado de cá pra lá e de lá pra cá, resolveu dar banho com a banheirinha no quarto. Nenhuma tragédia aquática aconteceu ainda, mas aguardamos o dia em que aquela porra vai virar ou vazar e inundar o quarto, ferrar o piso e dar um prejuízo e trabalho enorme. Mas isso não aconteceu ainda, então ficamos apenas com o estranhar de um banho no quarto.

Iniciado o banho já com um substancioso mau humor do Rafael, temos que a primeira coisa é a lavada de rosto. Coisa simples, água na cara, mas pra quem já tá irritado, á água na cara não tem ajudado muito. Depois melhora, com a imersão do rapazito em si na água quentinha, mas sempre tem aquele incômodo de ter alguém esfregando a pele, chacoalhando e atrapalhando o relax. Mas, tudo bem, essa não é uma parte ruim pro Rafael Kenzo.

O que é ruim é quando o Rafael Kenzo relaxa demais naquela agua quentinha, ainda mais com uma esfregadinha na barriga e... BLOSH!! Caga na água!!

Pois e, neste caso aparentemente o banho fica prejudicado. Até porque continuar usando uma água suja não limpa o bebe. Ao contrário, deixa-o ainda mais sujo... aí entra operação de emergência, tira o Rafael rápido dali, tem que secar e deixa-lo minimamente confortável em algum canto e levar a banheirinha para lavar (se estivesse no banheiro era mais fácil, avisa o pai...) e depois preparar tudo de novo. 

E até lá o Rafael Kenzo já tá dormindo de novo. E vai ser acordado. E vai reclamar. Haja carrinho por trás.




25/03/2018 - e la nave va...

Em um dos momentos de desespero da mãe com a intensa atividade do Rafael Kenzo, que insiste em não dormir ou dormir menos do que seria devido, ela acabou lembrando que o rapazito relaxa ao passear de carro. Isso é muito comum, é aquele negócio de ficar balançando aqui e ali, e já foi devidamente contado em Ninando no carro 

O que os pais não sabiam é que existe um breguete que fica balangando o bebê meio como se ele estivesse num carro. Parece uma mistura de cadeirinha com nave espacial, é muito louco! Tem visor de cristal liquido, várias programações e o bebê ali na bagaça balançando, flutuando, pra cima e pra baixo. Lógico que é caro pra cacete, mas na hora do desespero a mãe, que é notoriamente o ser mais pão duro que já passou pela face da Terra desde o Tio Patinhas, acabou cedendo e...

Não, não. Ela jamais iria comprar um treco tão caro daqueles, mesmo em desespero. O sangue Silva é muito forte. Ela não comprou a máquina de balançar, mas descobriu que dava para alugar!! Sim, alugar e analisar se funciona ou não com o Rafael Kenzo!

Afinal, imagina só o desespero de comprar um treco que custa mais de 4 dígitos e descobrir que a eficácia dele é baixa ou zero? A mãe cortaria os pulsos!! Alugando, a situação é diferente. Dá pra sentir se ele vai gostar ou não, se vai funcionar ou não e o preço do aluguel é até pagável, dentro do critério de desespero maternal.

Então veremos!! E la nave va! Temos um mês pra ver se o treco é bom mesmo ou só mais uma enganação facilmente superada pelo Rafael "indomável" Kenzo!!!




28/03/2018 - Decide, pô!

"Antes reclamava porque eu só dormia. Agora reclama porque eu não durmo?? Eu nunca vou entender as mulheres!" (Rafael Kenzo, março/2018)


26/03/2018 - Rafa na rede

Rafa na rede. O que vc pensa? Lógico que a referência é a internet, a rede mundial de computadores, e que estamos falando deste blog e de eventuais outras ações e interações do Rafael Kenzo, certo?

Na verdade, quisemos ser apenas mais literais. Rafa na rede é rafa na rede mesmo, aquelas de balançar, onde a gente deita e relaxa. Sim, aparentemente o Rafa também gosta de uma rede e resolveu subir numa delas para relaxar. Os pais juram que é por livre e espontânea vontade.

Só que ele ainda é meio pequeno pra rede...


Tudo bem, ele não liga. Tá de boaça ali e vai ficar o tempo que for necessário para relaxar, né?

24/03/2017 - Dia de passear

Opa, dia de passear? De verdade? Nada daquelas coisas de ir até o médico e só. Aí Rafael Kenzo gosta. Na verdade não é a primeira, já que já tinha passeado um pouco aqui e ali, mas sempre aproveitando uma consulta médica por lá mesmo e depois indo na casa de parentes da mãe e só com a mãe, já que o pai tá trabalhando.

Mas agora é passeiozinho de final de semana, gostoso, até a casa da prima, cheia de outros moleques zunindo de um lado pro outro, um deslocamento um pouco mais longo de carro que ele levou de boa, na ida e na volta, tirando uma ou outra mumunhada.

E no passeio em si, tudo ok. Ficou calminho, dormiu, mamou, cagou, cagou de novo, cagou outra vez, naninha aqui e nenhum escândalo, mesmo com a barulheira e o monte de gente olhando. Tuuuudo tranquilo e ainda serviu para a mãe alugar outras mães mais experientes e ficar tirando um milhão de dúvidas, enquanto o pai fazia algo parecido, bebendo cerveja e discutindo a troca do Gabriel pelo Ralf no último jogo do Corinthians.

Só não sabemos como será a noite após um dia tão agitado, né? Brrrr...


23/03/2018 - É muito gás

E em mais uma consulta a um dos 300 médicos, descobre-se que o Rafael Kenzo continua com muito gás. Muito gás mesmo, barriga durinha. Realmente puxou o pai, com a diferença de ainda não ter controle pleno desse fluxo.

Possivelmente ele se tornará dependente químico de simeticona (o famoso luftal) até conseguir lidar melhor com esses gases, momento em que o pai tentará lhe passar algumas lições de como se expressar artisticamente por meio dos flatos. Por enquanto, os pais apenas se divertem com as caretas que o bichinho faz quando toma o luftalzinho sabor cereja.


22/03/2018 - Quantos médicos?

Já falamos aqui em Opinião que especialmente para pais marinheiros de primeira viagem, sobram opiniões de parentes, amigos, conhecidos, e redes sociais. Sobre tudo. Até sobre coisas que não foram perguntadas. Pessoal quer dar pitaco até sobre o tipo de óculos escuros que o bebê vai usar quando ficar grande. Lógico que a maior parte das vezes é para tentar ajudar, mas lógico também que faz parte de boa parte da humanidade o seu desejo de impor ou sugerir a via ou solução que acreditam ser mais adequada, segundo a própria visão. Se não fosse assim, as redes sociais seriam um fracasso...

Uma das facetas das opiniões são as diversas recomendações médicas ou de profissionais de saúde. Sim, porque numa situação de ansiedade e insegurança, como a que vive constantemente a mãe do Rafa Kenzo, sair convencida de uma consulta médica sobre um determinado tema nem sempre é suficiente, especialmente quando algo que é dito que é normal é visto como "estranho" ou "diferente" por outra pessoa, que logo vai recomendar o seu médico. E como isso se repete, o que acontece é que o Rafa Kenzo já deve ter passado por uns trezentos médicos, enfermeiros, especialistas em banho e tosa etc.

O que complica é que embora todos sejam unânimes ao dizer que está tudo bem em geral, sempre há uma solução periférica diferente. Um acha que a mamada é assim, outra acha que o ciclo de sono é assado, uma acha que a cagada deve ser tratada de outro jeito e por aí vai... pequenas coisas que somam um montão de coisas, formando um amálgama próprio, uma teoria mista de como lidar como o Rafael Kenzo.

Se funcionar, tá beleza. O problema é confundir esse quinquilhão de informações e achar que tem que trocar a fralda quando mama (e não quando caga), ou enfiar a chupeta no lugar errado...


21/03/2018 - Um cara de visão

Então, um mês se passou e deu pra perceber que o Rafael Kenzo começa a demonstrar ter visão. Sim, porque bebês nascem praticamente cegos, a única coisa que funciona pra caramba é o choro...

Mas até então, os olhos do pequenino pareciam servir apenas para indicar se ele tava acordado ou dormindo. Depois de alguns dias deu pra perceber que ele já sentia a claridade, mas só. Só que agora, com um mês, ele parece estar, de fato, vendo alguma coisa, seguindo a voz, o vulto de pessoas em cima dele.

Se ele seguir a sina do pai, em breve ele poderá comprar os primeiros óculos. Mas preferimos que tenha uma visão igual à da mãe...


20/03/2018 - Eu mordo de ciúmes?

Então, muito é falado sobre o Rafael Kenzo e os pais, mas na mansão dos Nishi há um quarto elemento, que já existia antes do surgimento do bebê: Poli (ou Polly), a cã peluda

Até ele vir, a Poli era a atenção dos pais, a cadela mimadona, a dona do lar. Mas agora, com a vinda de um bebê que consome todos os recursos e energias dos provedores, como fica a situação dela? Ela tá com ciúmes? Ela deixou de ser a atração principal da casa? Ela tá bem? Os pais lembram ao menos de dar comida para ela?

E a resposta, por incrível que pareça, parece estar sendo boa. A Poli, como uma boa lhasa apso, sempre foi meio zen. Zen noção, zen freios, zen delicadeza, mas muitas vezes simplesmente zen, tranquila mesmo. Sua vida é simples, as coisas vão acontecendo e ela vai observando e vivendo. Como uma boa cãzinha brincalhona, ela gostaria mais de estar brincando com aquele serzinho do que ser deixada de lado. Afinal, é isso o que ela faz com crianças de todos os gêneros, cores e sabores.

Mas mesmo sem poder brincar com ele, ela tá tranquila, até porque sempre foi tranquila. E enquanto a mãe se concentra mais no bebê cheio de coisas, o pai tem tentado tomar conta dela, dando-lhe banho e dando-lhe comida. Isso significa também que a partir desse momento ela passou ser mal-cheirosa, despenteada e gorda, além de ter adquirido uma infecção nas orelhas mal-secadas pós banho, mas isso não é coisa que a incomode muito.

Porém, para ajudar um pouco, a tia do Rafael Kenzo arranjou um novo cachorrinho, o Nori, um salsichinha peludo e pretinho, que promete também virar a atração da família. O encontro entre a peludona master e o new peludinho já não lhe foi muito bom. Pacífica, a Poli foi cheirar, conhecer e brincar com o Nori e logo levou umas latidas e grunhidas na fuça. Por mais que este seja filhotinho, seja por medo, seja por personalidade, o Nori já deixou bem claro que por enquanto não quer brincadeira.

Ah, Poli, uma novidade já era muito e você tava indo bem. Mas duas, ao mesmo tempo? Tempos difíceis, hein?



18/03/2018 - Chup chup

Em pacificação, os pais informaram que o pequeno Rafael Kenzo havia adorado a chupetinha pacificadora que lhe foi dada. Aliás, chupetinha cara da porra, viu? O pai recebera instruções para comprar exclusivamente uma chupeta de uma determinada marca, de um determinado modelo. Mas enfim, ele tinha ficado bem calminho com ela e valeu a pena naquele momento.

Só que a mãe, influenciada por alguns dos milhões de textos, comentários e opiniões que existem na internet sobre bebês, achou que dar a chupeta para o Rafael seria prejudicial (embora ela própria tivesse acionado o pai para comprar a chupeta) e começou a cortar o fornecimento chupêtico.

Basicamente existem duas linhas de administração de bebês em voga no que pertine a chupetas. Uma diz para usar e outra diz para não usar. Os defensores do uso dizem que é bom porque acalma o bebê e ainda ajuda a estimular e exercitar a musculatura da chupada/mamada. Ademais, aparentemente o uso da chupeta para dormir indica uma pequena relação de diminuição dos casos de morte súbita em bebês. Os que são contra o uso da chupeta dizem que ela é ruim porque é uma forma artificial de acalmar o bebê, que pode prejudicar a dentição, que chupetas mal-lavadas aumentam o número de doenças na boca do bebê (tipo sapinho) e que depois é difícil tirar a chupeta da criança.

A mãe segue ambas, ao sabor de seu humor e das influências que recebe... logicamente a adoção ao mesmo tempo de duas posições antagônicas tende a não dar certo. E logicamente que esse dilema não é isento de encanações monstro pela própria mãe.

A resultante dessa situação coluna do meio é que, agora, o Rafael Kenzo parece não curtir mais a chupeta. A gente coloca na boca dele e ele cospe. Isso seria um alívio se a mãe fosse fervorosa seguidora da linha que é contra chupetas. Só que ela parece ter mudado para a linha de quem gosta das chupetas, já que ajuda o bichinho a dormir, algo que ele não está fazendo a contento, segundo a própria avaliação da mãe. Assim, a chupeta não tem mais servido de acalmador do moleque, que fica acesão. Mas ao mesmo tempo, parece gostar da sucção. É só enfiar um dedinho na boca dele que ele começa a sugar que nem um aspirador de pó industrial.

Como a mãe agora quer o uso da chupeta e a chupeta que o Rafael Kenzo tem não é mais apreciada por ele, toca a comprar outros modelos de chupeta. Até porque alguém deu a opinião (ah, opiniões...) de que a chupeta especial que foi comprada pelo pai seria muito grande/pequena/feia/profunda/estranha/xixicocô, então outra deve ser a mais adequada...



19/03/2018 - Um mês

E o Rafael Kenzo hoje faz um mês! Mudanças em relação ao dia do seu nascimento? Bom, ele está nitidamente maior e mais gordinho, ganhou cerca de 500g em relação a seu nascimento, mesmo após a queda natural da primeira semana (passou de 2.600g para 3.100g, mais ou menos). Seu cocô não é mais preto, passando a ser amarelo ouro e eliminado em grande quantidade, mas continua pastoso. Ele aprendeu a mamar bem, está mais esperto e atento, se mexe mais, os olhos começam a seguir o movimento no ambiente e agora ele passa um tempo razoável acordado sem chorar. Aparenta ter mais firmeza na cabeça, os músculos do pescoço parecem estar se desenvolvendo.

Quando nasceu, se tava acordado tava chorando. Agora não, passa períodos acordado só olhando e viajando na maionese de olhos abertos. Em contrapartida dorme menos, é lógico. Ele se acostumou com banhos, continua reclamando da troca de fraldas, continua peludo que nem um Toni Ramos e ainda não interage com a Polly, mais por paranóia da mãe do que por vontade da cadela. 

Em breve a cama definitiva dele será o berço mesmo. Hoje ele ainda alterna o berço, o carrinho, a cestinha e, eventualmente, o corpo dos pais. Mas essa transição começa a ser feita...





17/03/2018 - Haja opinião!!!

Como diria o sábio chinês, opinião é que nem bunda, todo mundo tem uma. O pai, um sábio japonês, ainda vai mais longe e completa, dizendo que como todas as bundas, existem opiniões ótimas e horríveis, opiniões durinhas e moles, opiniões bem torneadas e muchibas. Enfim, nada contra opiniões, afinal we live in a free country, mas  algumas dessas opiniões são bem bizarras.

E no caso do bebê, tem opinião de tudo lado, ainda mais para pais de primeira viagem como é o caso dos pais do Rafael Kenzo. Todo mundo quer ajudar e isso é legal. O problema é que vem tanta opinião de tanto lado que às vezes elas são conflitantes. Ou são flagrantemente ruins mesmo.

É o raio da história do bebê que tem que ficar agasalhado como se estivesse no inverno em Ushuaia, mesmo que a temperatura média à noite em São Paulo seja de 26º graus e ar condicionado se torne bem de primeira necessidade. Sempre tem alguém para falar que o bebê "deve" estar com frio e precisa embrulhá-lo em celofane com um lacinho em cima ou coisa do tipo.

Gente, a cegonha quando vai entregar o bebê, entrega o bichinho só de fralda!! A humanidade passou a maior parte de seu desenvolvimento sem saber direito o que são roupas. Índios bebezinhos não vestem nada, até mesmo porque os pais adultinhos também não vestem e eles se reproduziram. Nas tribos africanas também eu nunca vi uma foto de uma mãe segurando o bebezinho todo enrolado numa manta cobrindo os pezinhos, até mesmo porque o conceito de manta meio que não existe por lá. É lógico que durante a era glaciar, os homens de Cro-Magnon europeus deviam dar um jeito de agasalhar os bebês sapiens sapiens, mas... pô, a gente tá falando da Era Glaciar, e não de São Paulo no verão, cujas temperaturas são muito mais próximas das temperaturas dos índios americanos e dos nativos africanos!!

E se fosse só o agasalhar, ainda vá lá. Mas nessa ânsia de ajudar vem opinião sobre mamada, sobre choro, sobre cabelo, sobre fralda, sobre creminho, sobre estratégias de sono, sobre ciclos, até sobre bunda de nenê!! 

Não é que as opiniões sejam ruins. Ao contrário, muitas delas foram excelentes. Assim como existem bundas excelentes existem opiniões excelentes. E como o Brasil é o país das bundas, não é nada incomum aparecer uma opinião boa, assim como sempre tem bunda boa por aí. Só que nem sempre é assim e os pais têm um certo trabalho para filtrar tudo isso e aplicar o que acham legal e não aplicar o que acham ruim.

Afinal, no final das contas quem cria são os pais. Quem segura a bucha de uma cagada (literalmente) são os pais. Logo, os pais é que tem que saber o que é opinião boa e o que é opinião ruim, né? Até quando erram...


16/03/2018 - Do contra?

Seria o Rafael Kenzo um ser "do contra"? Aparentemente em relação ao sono ele tem os seus momento do contra. Afinal, acontece sempre de ele dever estar acordado e, no entanto, dormir. Isso rola especialmente na mamada, para desespero da mãe que ainda está muito encanada com a questão do peso dele.

Mas o contrário acontece direto também. Bebês supostamente têm ciclos de sono e, no caso do recém-nascido, isso consumiria quase 21 horas das 24 horas que o dia tem. Considerando que cada mamada dura uns 20 minutos e que devem ser 08 mamadas por dia, temos 160 minutos de acordação, ou 2h40. Por essas contas, o bebê deveria ficar acordadinho, fora das mamadas, apenas 20 minutinhos ao dia. E olha que nessa conta nem enfiamos as trocadas de fralda e banho. Na prática, se seguido a ferro e fogo esse padrão criado sei lá por quem, ninguém nunca veria o bebê acordado, exceto nas trocas, banhos e mamadas. Seria o melhor dos mundos, já que não haveria tempo para choro...

É lógico que o Rafael Kenzo não dá a mínima para as contas do pai. Talvez seja desconfiança, já que o pai é de humanas. Mas a mãe é de exatas e ele também não dá a mínima para as contas da mãe. Aqui a gente abre um rápido parêntese para observar que apesar da formação de ambos, o pai é melhor que a mãe no quesito contas.

Mas voltando ao tema principal, o que rola é que o Rafael Kenzo passa um tempo muito maior do que esses 20 minutos que teria para ficar acordadinho. Muito maior. Os pais direto colocam-no no berço após uma mamadinha boa, em que ele já está com os olhinhos fechados de satisfeito e, cinco minutos depois, escutam um barulhinho aqui ou um nheco-nheco ali. Às vezes não é nem isso. Os pais vão dar aquela conferidinha básica pra ver se tá tudo bem e o bebê tá lá, quieto até, mas de olho mais arregalado do que candidato tucano mineiro à Presidência após uma passadinha no banheiro pra ficar esperto.

O que ele pensa? O que tá rolando? Por que ele tá acordado? Será uma singela vontade de ser do contra? Ficar acordado não ferra o raio do ciclo do sono? 

Muitas dúvidas, mas os pais estão começando a achar que se ficar acordado de dia resultar em dormida à noite, tá valendo!!!

15/03/2018 - Gases

Um bom bebê Nishizaki evidentemente teria que ter um certo talento com... gases. O avô era uma produção de metano que chegava a alterar o equilíbrio ecológico do planeta. O pai não fica muito atrás e é capaz de "cantar" Faroeste Caboclo só com os seus gases. Lógico que o Rafael Kenzo teria que ter esse talento.

Aliás, como vimos em Under Pressure, o Rafael Kenzo já mostrou um pouco de seu talento explosivo. Aquele evento não foi único e tem se repetido ao longo dos dias, a ponto de a mãe nem ligar mais (o pai ainda tem ânsia de vômito). Mas o fato é que o bichinho, com aquele tamanhinho, é uma fábrica de gases (e de cólicas também....)

Numa visita ao tricentésimo quadragésimo nono médico pediatra (contaremos mais sobre isso em um outro episódio), o doutor constatou que o Rafael Kenzo, de fato, tem muitos gases. A barriguinha dura, os choros às vezes inexplicáveis têm relação com isso. Sim, diz-se que uma forma de prevenção é fazer com que a mãe provedora deixe de ingerir alimentos que geram gases, já que isso pode passar para o leite e estimular os gases do bebê. Mas embora a mãe (que também solta os seus potentes de vez em quando) não tenha uma dieta super gasesificada, o Rafael Kenzo não deixa de ser um produtor de gases. Força dos genes, eu creio.

Se fosse só o pum flato, não tinha problema. Afinal, para uma casa que tem um pai megapeidorrento, o que é um serzinho a mais peidando? O problema é a cólica. Colikids, Luftal, massagem, posição de liberação de gases, (o milagreiro) Colic calm, reza braba, tudo é recurso para ajudá-lo a liberar logo os gases e ficar mais calminho.

Liberar os gases. Isso funciona com o pai, porque não funcionaria com o filho?


14/03/2017 - O peso (2)

Ah, o peso, essa enorme preocupação na vida de um bebê. Como algumas pessoas sabem, bebês não falam. Então, os pobres pais precisam aprender a ler nas entrelinhas, nos indicadores, nas tonalidades de choro e em qualquer outro raio de elemento possível para tentar descobrir o que tá pegando.

Então é uma constante análise de choros, cores de cocôs, rostos franzidos, barriguinhas duras e pesagem para saber se tá tudo certo ou tá tudo errado. Mas qual o peso certo? Ele tem que ganhar peso? Muito, pouco, tá normal? Eu lembro de moleque que diziam que o peso certo para uma pessoa seria mais ou menos o número de centímetros que ela tem subtraído de 100 a 102. Então, uma pessoa de 160 cm deveria ter uns 50, 52kg para ser esbelta. Lógico que essa NÃO é uma característica do pai. E nem do filho. Com cerca de 49 cm ele deveria ter -51kg. Por mais que ele seja levinho, ele não é mais leve que o ar. Algo me diz que essa fórmula não serve para crianças.

Então os médicos entendem que um recém-nascidos deve ganhar uma média de 25 a 30g por dia de peso. Uma média que Rafael Kenzo não conseguiu alcançar nas primeiras semanas, causando preocupações extremadas na mãe. Mas a nova medição, da terceira semana, alcançou a média de 40g. De repente o bicho passou a engordar pra caramba. Se mantiver esse ritmo, no final de um ano terá 14.600g a mais (ou 14,6kg)! E em 10 anos terá mais de 140kg!!

E agora, será que a mãe tá alimentando demais? Será que ele será um obesão? Por enquanto, ele ainda está beirando os 3kg, peso inferior ao de muitos bebês que acabaram de nascer mesmo, mas embora as preocupações extremadas anteriores de pouco peso tenham arrefecido, o medo é que a mãe passe a ter preocupações extremadas em sentido oposto...






13/03/2018 - O fim da licença

O fim da licença paternidade para o pai (duh, óbvio, né? Não poderia ser para a mãe) significará uma mudança interessante nos hábitos da família. Na verdade, a licença paternidade se vai com míseros 5 dias segundo a legislação brasileira, mas como o parto foi programado e com data marcada, o pai conseguiu marcar férias no período imediatamente subsequente.

Mas agora, com o Rafael Kenzo a uma semana de completar um mês de vida (na verdade é um pouco menos, já que fevereiro só tem 28 dias, então poderíamos falar em 4 semanas), a perspectiva é bastante calamitosa para a mãe. Afinal, não terá o pai para ajudar (como se ele ajudasse muito...) e terá que se virar sozinha durante os dias.

Isso significa ter que lidar com o Rafael Kenzo num dos momentos mais chorosos dele, o horário do início da tarde. Não sabem os pais exatamente qual o motivo, mas o bicho não dorme, não relaxa e chora pra cacete nesse período. Isso significa também ter que levar o Rafael Kenzo sozinha para consultas médicas e coisa e tal...

E agora, Rafael? 

12/03/2018 - Salve o Corinthians

Desde as primeiras choradas e ninadas, ainda no hospital, o pai percebeu que para acalmar o garotinho, teria que tranquilizá-lo cantando músicas que trouxessem algo de bom para ele, músicas agradáveis e construtivas de um bom caráter

Assim, já na primeira ninada acalentadora, o pai já cantigou o hino do Corinthians para o Rafael Kenzo, uma música de bom ritmo e que significa paz de espírito para aqueles que buscam isso. 

Logicamente que após alguns segundos o Rafael Kenzo percebeu a força tranquilizadora e o potencial de sossego que essa música trazia ao seu espírito e imediatamente parou de chorar. Parou e passou a olhar o pai, atento e admirado. Lógico que há que se dar crédito à bela interpretação do pai, mas mesmo a pessoa mais desafinada do mundo é incapaz de retirar a beleza do hino do Corinthians

E assim segue sendo até agora. Rafael Kenzo chorou, tá intranquilo, inquieto, incomodado? Dá-lhe hino do Corinthians. Sempre funciona. Logicamente que quando o motivo é pertinente (fome ou fralda suja, por exemplo), basta o pai parar de cantar que ele volta a chorar. Mas muitas vezes ele só quer colo e alguém tranquilizando-o. E nesses momentos o pai canta placidamente o hino do Corinthians algumas vezes repetidas até que o mesticinho comece a fechar os olhos e sonhar o sonho dos justos corinthianos...


11/03/2018 - Chorando se foi

Chorando se foi - Música de Kaoma, letra de Ricardo Nishizaki

(Dm Bb C Dm)
Chorando se foi
Toda a minha tranquilidade
Chorando se foi
Toda a minha vitalidade

(Gm C Dm)
Choro do bebê
Não sei qual a razão
E nem como fazê-lo parar
Choro do bebê
Impossível descobrir
Eu só sei que não dá pra dormir

(Dm Bb C Dm)
A recordação
Do útero quentinho da sua mãe
A recordação
Da vida sem muita complicação

(Gm C Dm)
Agora é mais difícil
É mamar e cagar
E ainda sofrer com a fralda
Agora é mais difícil
Uns tapas pra arrotar
E esperar a próxima mamada



10/03/2018 - Ginástica babylaboral

Carregar um bebê recém nascido não e grande coisa em termos de esforço, especialmente para um pai fitness, acostumado a suar com barras, halteres e kettlebells afora, certo?

Mais ou menos. Sim, Rafael Kenzo sequer chegou aos 3kg, ou seja, não passa de um pesinho colorido de academia, daqueles de fisioterapia ou que deixamos para os tios/tias/novatos/novatas de academia. Só que mais importante que o peso absoluto é a forma como se ergue esse peso e o tempo que se passa em... isometria (para quem não sabe, é o exercício no qual a pessoa fica parada, segurando um peso ou uma postura sob uma determinada forma, fazendo força nessa posição). 

Sim, até mesmo um bebê de meros 3kg pode parecer pesar uma tonelada se a mãe tem que ficar 30 minutos inclinada dando-lhe o peito para mamar enquanto sustenta corpo e pescocinho nessa posição incômoda. A mesma coisa (embora em um esforço físico um pouco menor, reconheça-se) ocorre com o pai que nina o bebê durante minutos até ele se acalmar.

Além disso, uma criança não é só uma criança. Ela demanda uma quantidade enorme de aparatos, apetrechos e trecos que correspondem a várias vezes o próprio peso da criança. Um bebê de 3kg pode demandar um bebê conforto de 6kg + uma bolsa com fraldas, roupas, lenços etc de mais 3kg e ainda um carrinho de 10kg. Ou seja, os 3kg demandam mais 19kg. E à medida que a criança cresce, as fraldas se tornam mais pesadas, a criança se torna mais pesada e a alimentação também! Um recém-nascido demanda apenas o peito da mãe, que tá lá, inchadão, mas que não é peso a mais pra ela carregar em separado (algumas até gostam da versão Pamela Anderson). Já um molecote de 15 meses vai pesar uns 10kg, vai demandar uns fraldões monstro e ainda vai querer mamadeira, papinha e o escambau. 

Por enquanto o pesinho colorido ainda tá exigindo apenas um peso preto, mas que é carregável pelo pai fitness. Mas ou os pais se transformam no Schwartezenegger em pouco tempo, ou a situação ficará feia em breve...


09/03/2018 - O terror da madrugada

Madrugada silenciosa, interrompida apenas pelos distantes sons de algum carro passando nas ruas da cidade que não dorme. A escuridão tranquila domina a residência e ajuda seus moradores, dois adultos e uma cachorrinha, a repousarem após a rotina diária estressante da cidade grande.

Eis que alguns leves ruidos, agudos, começam a ser ouvidos, de início de forma esparsa. Mas o intervalo entre eles começa a se tornar menor até que, finalmente, irrompe o som que os pais tanto temiam.... unhééééééééééééé e o choro do bebê no meio da madrugada!!

Fome? Talvez, talvez. Sono? Sacanagem, se tá com sono porque não continuou dormindo? Frio? Nem ferrando, é verão brasileiro em São Paulo!! Fralda? Improvável, mas algo que sempre rende uma conferida. O fato é que a buzina bebezística, após ser acionada, gera um alerta vermelho na residência. Pais se levantam sonoloentos, a cachorrinha se põe a andar de um lado para o outro, inquieta e ávida por movimento. E o bebê chora, chora como se não tivesse amanhã, por um motivo inesperado e inexplicado, que os pais terão que tentar adivinhar enquanto lutam contra o sono...

Uma hora depois tudo parece controlado. O bebê se acalmou, se espreguiça de soninho e o silêncio parece voltar a reinar naquela residência até então tranquila.


Sò que alguns minutos depois, um leve ruidinho agudo se ouve ao fundo e tudo recomeça até o amanhecer...

Obs: Essa é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com a realidade não passa de mera coincidência.

08/03/2018 - Ninando no carro

Não dá pra reclamar muito do Rafael Kenzo. Ele não chora tanto assim (espero não me arrepender dessas palavras). Só chora quando precisa falar algo, ou seja, fome, sede, banheiro, frio, calor, e incômodo. Tudo bem que isso elimina praticamente todas as outras comunicações, mas como boa parte do tempo ele passa dormindo, e dormindo ele não chora, não está tão mal.

Mas quando falo isso, eu lembro de histórias de bebês que não suportam, por exemplo, andar de carro, o que torna a vida do motorista um inferno, especialmente se o deslocamento é longo. E bebês, no começo da vida, saem com alguma frequência para irem a médicos, exames, vacinas etc. 

O Rafael Kenzo, no entanto, não reclama de andar de carro. Mesmo nas ruas extremamente esburacadas de São Paulo (nada como um "gestor", né?), ele não reclama muito do chacoalhar, embora o pai tenha tentado ser cuidadoso ao máximo e evitar aqueles buracos que parecem trilha de jipeiro na Cantareira.

O filhotinho dorme que é uma beleza. Mesmo em um dia especial no qual a consulta demorou e invadiu o horário da mamada, o que lhe causou fome e choro, depois de alguns minutos de viagem ele já estava distraído com o balanço (e talvez com o teto solar e a paisagem acima dele) e parou de chorar, para alívio da mãe que, com o sono atrasado, pode dormir em paz no carro. 

O pai motorista? Bom, lógico que a ausência de choro é um alívio também. Mas ele já está acostumado a desligar a audição em viagens de carro, já que antes do Rafael, quem fazia o papel de fazer ruído era a mãe, falando da vida, do trabalho, de não sei quem que é chato, da vida de novo, e do trabalho de novo, do chato de novo, e da vida, e do trab.... enfim, o pai já tava treinado, né? E agora, com ambos dormindo, andar de carro passou a ser quase um alívio para ele, não fosse o off-road que é o asfalto paulistano!



07/03/2018 - Filho envelhece...

Saiu uma reportagem recente na revista Superinteressante, dizendo que um filho pode envelhecer uma mãe em até 11 anos. No caso das mães norte-americanas isso é fácil de ver. As gatinhas do College e da Universidade, depois que casam e têm filhos, em geral embucham e se desleixam de tal forma que 11 anos é pouco!!

É lógico que os hábitos de vida que passam a adotar lá nos EUA e Canadá contribuem muito para isso. Em contrapartida, na França a situação parece ser bem diferente, as mães continuam a aparentar a idade que têm. 

Contudo, hábitos à parte (e aqui temos que lembrar que a mãe do Rafael Kenzo era bastante preocupada com o seu peso, tanto que aos 8,5 meses tinha uma barriga de grávida que sugeria no máximo uns 7 meses), será que é só isso que envelhece a mãe? Oras, nessas duas semanas de vida de Rafael Kenzo até o pai, tá meio morto, acabadão. Imagina a mãe, que nas duas últimas semanas não consegue dormir quase nada?

Ou melhor, até dorme, seguindo um pouco os intervalos do Rafael. Sonecas de 3 horas e meia no máximo. Nada daquelas noites de sono repousantes, de 10 horas seguidas de cama, como ela costumava fazer sem dó. E por mais que se preocupe com a própria beleza, as olheiras de panda são indisfarçáveis, assim como o ar de constante cansaço. Qualquer momentinho de sossego no meio da tarde é motivo para desmaio. Andar de carro? Dois minutos de balanço e lá vem ronco. Nessas duas semanas, o mundo pode ter começado uma Guerra Mundial que a mãe do Rafa não ficou sabendo. Até porque, se senta na frente da TV, ou está amamentando e lutando contra o sono (dela e do Rafael, que dorme mamando) ou está rendida ao sono.

Filho envelhece? Ora, por essa duas semanas, lógico que envelhece. Essas duas semanas cansaram mais do que trabalhos forçados em um campo de concentração quebrando pedra em jornadas de 18 horas. Ainda bem que o pagamento vem em cada sorrisinho maroto que o moleque dá.


06/03/2018 - O peso

A preocupação de boa parte da humanidade é o peso. E na maior parte dos casos, o seu excesso. Lógico que temos que descontar casos específicos de tragédias humanitárias, ou situações específicas de doenças ou distúrbios psicológicos individuais. Mas em linhas gerais, em uma situação de estabilidade social e descontados os casos específicos de doenças e distúrbios, uma das maiores preocupações do ser humano é o excesso de peso. Exceto no caso dos bebês...

Ah, os bebês! Sempre tão frágeis, tão pequeninos, eles precisam engordar!! E precisam mesmo, mesmo quando quem fala isso é aquela tia que tem mais de 3 metros de quadris e que te acha magro mesmo depois que você passou a usar roupas GG. Afinal, os bebês têm que crescer, né? Não podem ficar desnutridos.

Por isso o peso é uma preocupação quando falamos em bebês. Até mesmo porque, como eles não falam, o peso acaba sendo um dos poucos elementos objetivos para avaliarmos se está tudo bem com ele. 

Quando o bebê é pequeno então... vixe! De preocupação vira obsessão. Rafael Kenzo, que nasceu com 46 cm e 2,680kg, é um caso típico. Lógico que o fato de ele ter pais quase anões ajuda bastante a explicar sua estrutura física. Mas mesmo assim, como tudo que se refere a bebês é feito na base da comparação, qualquer questão relativa a seu peso e altura se tornam um objeto de indisfarçável preocupação.

Será que ele está mamando direito? Porque o seio não tem medidos de mililitros, para vermos quanto ele tá mamando? 20 minutos, 30 minutos mamando é muito ou pouco? Porque ele se agita pra mamar? Por que ele recusa o peito no intervalo de 3 horas? Será que ele tá com fome? O leite é suficiente para matar a sede? Ele vai gostar de bacon? A médica e todos os livros falam que é normal que o bebê perca peso na primeira semana, mas será que é isso mesmo?

Tantas dúvidas que deixaram a mãe apreensivíssima (se é que essa palavra existe) durante duas longas semanas, até verificar que, ufa, Rafael Kenzo voltou a ganhar peso e seu progresso tem sido dentro dos padrões. em duas semanas ele igualou o peso ao nascer e cresceu 2,5cm. Ainda é um tampínha. Provavelmente será assim o resto da vida. Mas para mudar isso seria necessário ele ter escolhido melhor os pais... pelo menos sofrerá menos na classe econômica dos aviões.


05/03/2018 - Tá frio?

Rafael Kenzo nasceu em fevereiro, em pleno verão paulistano. Embora o verão de 2018 não tenha sido um ano de altas temperaturas, não há dias frios, apenas dias menos quentes (e mais confortáveis) e outros dias mais quentes.

Assim, em média, a temperatura ambiente tem sido muito agradável para humanos e humaninhos. Não há porque se preocupar com frio, certo? Eu mesmo poderia ter passado o verão inteiro de camiseta regata se as convenções sociais permitissem, mas infelizmente parece que a regata não é considerada uma roupa social adequada para escritórios (ao menos para homens).

Os bebês também passam frio e calor. Como a sua circulação periférica não é tão bem desenvolvida como a de crianças maiores, os pés e mãos sempre estão meio geladinhos (ou fresquinhos neste verão). Isso faz com que pitaqueiros e pitaqueiras em geral sempre venham dizer que o bebê deveria estar mais agasalhado, mesmo que esteja com fralda, body, calça, blusinha e cuieiro num calor de 30º!!!

Precisa de tudo isso mesmo? Lógico que o recém-nascido estava acostumado a uma temperatura constante de 37º dentro do útero da mãe, mas também é lógico que, depois de sair lá de dentro, ele não vai passar frio extremo numa temperatura ambiente de 30, 28 ou 25º! Se fosse assim, como é que bebês esquimós conseguem sobreviver? Calefação em iglu? Casaquinho de pele de foca? Ah, qualé, quem já enfrentou frio ambiente abaixo de -10º sabe que chega um momento em que roupa nenhuma te esquenta do ar frio que entra pelas narinas!!

O corpo humano tem suas manhas. As extremidades só precisam estar protegidas, não precisam ser aquecidas e nem apertadas. Mesmo em bebês, o corpo é capaz de gerar e manter a temperatura ideal para funcionamento, as roupas apenas ajudam mas não podem abafar a pele e gerar calor excessivo. Se o bebê sente frio, ele também sente calor, né? 

Então, nada de oito camadas de roupa. Se a temperatura tá boa pra gente, tá bom pra ele.


04/03/2018 - A evolução da espécie e a p%&$# da mamada de 3 em 3 horas.

A maior e mais vísível característica evolutiva do ser humano é o tamanho de seu cérebro e sua enorme cabeça em relação a outros seres vivos. O tamanho e as características do cérebro é que permitem que o ser humano se destaque em relação a outros animais, e o tornaram capazes do desenvolvimento de uma comunicação interpessoal avançada, do raciocínio lógico, do pensamento abstrato e até da possibilidade de escrever besteiras em blogs.

Mas para dar conta desse superprocessador que é cérebro do homo sapiens, o seu desenvolvimento fetal acabou dando muito mais ênfase ao desenvolvimento do sistema nervoso na gestação de 09 meses do bebê humano. O resultado é que ao ser parido, o recém nascido humano é um dos seres mais incompletos que vem ao mundo.

Praticamente todos os filhotes de mamíferos já são capazes de se locomover e se alimentar sozinhos imediatamente ao nascer. São frágeis, indefesos, mas nascem com o sistema esquelético-muscular prontos. Isso não acontece com o ser humano. O bebê recém-nascido é um ser totalmente incapaz de se manter minimamente por si só. Ele não caminha, precisa de auxílio da mãe para ser amamentado e sequer consegue manter sua desproporcional cabeça em uma posição firme, já que seu subdesenvolvido corpinho, além de muito menor, é extremamente frágil.

Os marsupiais (cangurus, p. ex.) também possuem filhotes que não possuem aptidão para se locomoverem sozinhos, mas podem realizar o seu desenvolvimento extrauterino em uma bolsa que a fêmea da espécie possui e propicia a possibilidade de "guardar" o bebê e carregá-lo junto. Algumas espécies de primata que não consegue se locomover sozinhos quando recém-nascidos, conseguem se agarrar à mãe de alguma forma durante seus primeiros dias. O ser humano não tem esses recursos.

Sendo o filhote do homo sapiens um ser tão indefeso, que só conseguir se locomover sozinho com alguns anos de vida, o desenvolvimento da espécie na natureza certamente foi bastante complexo. A total dependência do filhote está intimamente ligada à estruturação social do ser humano em grupos, aptos a proteger a cria de predadores naturais (e preservar a continuidade da espécie). Imagine como seria a sobrevivência da especie se uma mãe solitária tivesse que defender sua cria de uma matilha de hienas na savana africana? Em um grupo social, isso se torna mais viável.

Num cenário desses, como se dá a alimentação da cria? Se utilizarmos algumas das recomendações médicas pediátricas atuais, na qual a mamada TEM que ocorrer de 3 em 3 horas sob pena de o bebê ter problemas, a mãe pré-histórica teria que dar um jeito de parar o ataque das hienas e forçar a cria a mamar, sem o auxílio de chupetas, álcool em gel, fraldas e outras traquitanas, NO HORÁRIO CERTO!! Se isso não ocorrer, o bebê fica hipoglicêmico e isso pode prejudicar o seu desenvolvimento futuro, né?

Sei. Avisa lá as hienas então!!

Embora o corpo do bebê ainda esteja em formação e seja muito sensível, de onde veio a ideia de que se não mamar leite materno a cada 3 horas o bebê fica necessariamente hipoglicêmico? O seu sistema metabólico é tão preciso e tão impiedoso assim? Por que não 5 ou 2 horas? Os intervalos têm que ser fixos? A tarde é igual à madrugada? E por que a hipoglicemia seria uma reação obrigatória ao desatendimento dessa regra? Na pré-história, período que corresponde à maior fase da existência do homo sapiens na Terra, será que vingaram os bebês que ficavam hipoglicêmicos ou os que eram mais aptos a controlar o ritmo metabólico? Tendo a acreditar na segunda hipótese. 

O bebê humano é um ser incapaz, que somente se comunica pelo choro, como todos sabem. E o choro de um bebê geralmente indica frio, calor, incômodo, dor ou fome. Não tem outra. Um recém-nascido ainda não sabe chorar por manha ou porque a mãe não deixou ele jogar videogame até meia-noite. Ora, se uma das poucas coisas que natureza lhe deu foi a possibilidade de chorar por fome, por que a mãe das cavernas iria se preocupar em marcar o período de 3 horas para lhe dar de mamar? Aliás, na idade da pedra, os relógios não existiam, especialmente à noite, tornando essa tarefa ainda mais difícil. Desse modo, não consigo compreender como vingamos como espécie se a mãe Piteca não conseguia evitar essa "obrigatória" hipoglicemia após 3 horas sem leite, regulando-se exclusivamente pelo arcaico sistema natural do choro.

A gente pode ser impertinente e achar que a hipótese genérica do choro de 3 em 3 horas é equivocada como a hipótese de que o ser humano não deve se exercitar em jejum, ou que deve comer de 3 em 3 horas para emagrecer. Não sei a razão, mas o pessoal parece ser vidrado nesse intervalo de 3 horas...

Aliás, não é incrível? Para engordar o bebê teria que comer de 3 em 3 horas. Para emagrecer, o ser humano crescido teria que comer de 3 em 3 horas. Somos seres tão diferentes assim depois que crescemos?

Esses pensamentos me vêem à tona quando percebemos que temos que acordar o Rafael Kenzo de seu sono gostoso e repousante da madrugada para lhe dar de mamar às 03 da madrugada. Ele, em sua ignorância de bebê, não sabe que TEM QUE ACORDAR para mamar para evitar ficar hipoglicêmico e para engordar!!!! Ele prefere o "absurdo" de ficar dormindo de madrugada! É um bebê que seria excelente na época das cavernas, quando não fazer barulho e não chamar a atenção dos predadores da savana africana era bacana.

Mas como ele vive na era moderna, os pais, seguindo o conhecimento pediátrico capaz de modificar a natureza, insistem em lhe acordar para mamar de madrugada, causando-lhe enorme desconforto, stress e irritação, a tal ponto que, no final das contas, a razão pela qual acordou (mamar), acaba não se realizando por recusa do próprio bebê.  

Aliás, para um bebê que deveria estar hipoglicêmico, o Rafael Kenzo parece bem ativo ao recusar a mamada, debatendo-se e acionando, com força total, o mecanismo de que dispõe para se comunicar em razão desse extremo incômodo: o choro. 

O resultado final é que a mamada não obedece o intervalo de 3 horas. E que a insistência nesse prazo de tempo rígido resulta em menos 3 horas de um sono já escasso para pais, além de suprimir o sono do próprio bebê. 

Será que realmente continuamos evoluindo como espécie?




03/03/2018 - Cólica

O que é cólica? Para o tosco pai, cólica é simplesmente um aviso para ir cagar, uma dor de barriga no baixo ventre.. Aparentemente as mulheres têm um outro significado para isso, por conta das tais cólicas menstruais (que não devem dar vontade de cagar).

Só que em bebês a coisa parece ser mais cruel. Quando o bebê tem cólica, parece que uma espada empala aquele pequeno corpo e torce todos os seus órgãos internos. Pior, é como se essa espada ainda estivesse embebida em pimenta Scorpion. Pior ainda, é como se depois disso tudo, alguém ainda jogasse o mertiolate antigo (aquele que ardia de verdade) por cima da maçaroca toda.

Pelo menos é essa a sensação que temos quando o Rafael Kenzo tem as suas cólicas. O bichinho se retorce inteiro, chora com um agudo mais potente do que o do Pavarotti, fica mais vermelho que alemão passando o verão em Natal sem protetor solar. A coisa é um treco pavoroso, especialmente quando rola de madrugada e nada, absolutamente nada o faz relaxar.

Aí tem aquelas receitas. Massagenzinha, mão na barriguinha, botar o moleque de bruços, niná-lo, balançá-lo, fazer o exercício da bicicleta com as pernas, banho de ofurô, compressa morna... tudo isso tem um efeito que varia de 0 a 100 em questão de segundos e sem que os pais tenham a mínima ideia do que realmente tá funcionando e o que é placebo. Afinal, o bicho ainda não fala nada, só chora.

E chora, como chora. E berra, como berra. Pior, quando ele acalma, ds repente descobrimos que ele cagou e mijou e demanda uma troca de fralda. Mas o mais pior é quando os pais descobrem que o serviço não tinha sido completo e que ele só está esperando o choque de ser exposto sem fralda para dar continuidade aos trabalhos (como já vimos em Under Pressure).

No final das contas, o afterpoo parece ser um alívio e ele descansa um pouco. Ou não, se já estiver na hora da mamada...


02/03/2018 - Under pressure

Existe uma coisa que nenhum ser humano adulto jamais explicou sobre os bebês recém-nascidos, que é o fato de eles se comportarem como uma garrafa de refrigerantes. Não, não estamos falando dos Engenheiros do Hawaii e aquela clássica frase "a juventude é uma banda numa propaganda de refrigerantessss". Estamos falando que a própria juventude recém-nascida é uma garrafa de refrigerante.

Explico: todo mundo sabe que, depois da mamada, você tem que dar tapinhas no bebê para ele arrotar. Ou seja, agita o bebê para soltar gás. Bem refrigerante, né?

O que nunca ninguém falou é que o bebê também atua sob pressão em outras... frontes, vamos dizer assim. Mais especificamente cagar.

Sim, bebês não cagam de forma plácida, com o cocôzinho saindo aos poucos, de forma lenta e gradual como a gente vê ocorrer com cachorros, por exemplo. A coisa é bem mais explosiva. Muitas vezes estão os pais ali com o bebê, calmamente ninando-os quando, de repente só se escuta a explosão nuclear: PFFFFFFNNNNRLRLRLRLRGHHHHH!! 

Lógico que a fralda faz um excelente trabalho de contenção de resíduos e pressão. Os pais mal sabem a resistência de uma fralda para suportar tamanha pressão. Ou melhor, descobrem isso quando o bebê resolve fazer cocô sem fralda, em algum procedimento de limpeza ou troca do moleque.

Aconteceu com o Rafael Kenzo, pessoal. Aconteceu! Enquanto a mãe tirava a fralda para conferir se tudo estava bem, ele resolveu fazer uma graça e cagar. E aí é que se percebe que a cagada do recém-nascido não é uma singela cagada, mas uma eliminação de resíduos em alta pressão. Em outras palavras, não é que a bosta simplesmente sai e cai pela força da gravidade. A bosta do recém-nascido, que não é totalmente sólida (na verdade é uma pasta meio liquefeita) sai como se fosse um aerosol com partículas grandes sendo espalhadas para todos os lados.

AAAGHHH! Em desespero, a mãe chama o pai. O pai limpa tudo aquilo que, felizmente, foi produzido em pequeno volume. Quando tudo está mais ou menos limpo... PFFFFFFNNNNRLRLRLRLRGHHHHH!! 

A primeira foi Hiroshima. A segunda, mais potente, foi Nagasaki. Se tivesse uma rolha, enfiava ali na hora. Mas não tinha... e a explosão de maior impacto obviamente causou maiores danos. Berço, cômoda, trocador, roupas, chão, pais, tudo foi atingido. Por uma sorte muito grande, a Polly, que estava rondando, se safou incólume. Talvez tenha sido o sexto sentido canino, mas momentos antes da segunda explosão ela saiu do quarto e não foi impactada.

Após uma nova limpeza, Rafael Kenzo resolve dar cores finais ao evento. Talvez achando que poderia contribuir na limpeza, ele mija, possivelmente acreditando que é um liquído autolimpante. E lá vão os pais para a terceira limpeza geral do dia...

Quando os pais ouviram dizer que sofrem muita pressão com os cuidados de um recém-nascido, nunca pensaram que essa pressão era literal...