Aniversário de 0 anos (ou a definição do seu mapa astral) - 19/02/2018 - 7h50

Uááááá.... 3h00 da manhã, acordando para ir ao hospital e amaldiçoando o médico que inventou de fazer o parto às 07h00. Ele devia ter seus motivos, mas o fato é que acordar às 3h00 é sempre motivo de amaldiçoamentos.

Chegada ao Santa Joana tranquila. Pouca gente por lá às 04h00, mas é surpreendente saber que tem mais gente com parto marcado mais ou menos nesse horário do cão. Note-se que o parto é uma cesariana preagendada por causa da posição sentada do rapazote na barriga da mãe, então não tinha nada de surpresa ou urgência que justificasse, para pais sonados, o horário marcado. Mas, enfim, chegamos lá porque o combinado foi isso.

O ritual não tem nada de romântico ou poético: preenchimento de papeis, mãe para a preparação no centro cirúrgico e pai responsável por duas coisas: vestir-se com aquelas roupas de hospital e levar a primeira muda de roupa pro filho. Obviamente o pai sonado consegue errar essa tarefa complexa e esquece as roupas do bebê. Refaz todo o trajeto, e pega as roupas de bebê, sob o olhar sanguinário da mãe (e condescendente das enfermeiras, que já viram isso acontecer um milhão de vezes). Enfim, quando tudo tá pronto, colocam a mãe na maca da cesariana e deixam o pai entrar depois que já rolou o corte (e, possivelmente, o derramamento de líquido amniótico que faz tantos pais desmaiarem).

Foi rápido. Os médicos narram a coisa toda meio que como se fosse a narração de um jogo (de tênis, sem emoções à Galvão Bueno) e soltam um "nasceu!", seguindo de um unhééééééééé do Rafael. 

O procedimento pra costurar a mãe é bem mais demorado que o procedimento de abrir. E depois que as enfermeiras lavam, secam e passam o bebê, ele está pronto para as primeiras fotos e vídeos a serem compartilhados em mídias sociais. Mas se você for das antigas, dá pra escolher uma ou duas das 800 fotos tiradas na sala de parto, mandar imprimir, e fazer aqueles albunzões velhos, pesadões, com a data escrita.



Tudo acabado, a mãe é enviada para um canto (recuperação, algo que nunca peguei no colégio), o bebê para outro (tinha que esquentar um pouco) e o pai vai tomar café porque ainda tá com um sono do cão. Depois de duas horas todo mundo se reencontra no quarto. Alguns anos atrás, aparentemente o bebê ficava no berçário e só ia para o quarto para as refeições (vulgarmente conhecida como mamada). Atualmente parece que se tá tudo ok, a maternidade já deixa o bebê no mesmo quarto dos pais para começar a acostumá-los com o inferno a vida nova que virá. 

Mas a todo momento alguma enfermeira, auxiliar ou médico entram no quarto. De um lado é bom, você se sente mais seguro e se tiver dúvida, pergunta na hora. De outro lado, esse entra e sai se repete também durante a madrugada. Incrivelmente o bebê parece não se incomodar no começo...


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