18/03/2018 - Chup chup

Em pacificação, os pais informaram que o pequeno Rafael Kenzo havia adorado a chupetinha pacificadora que lhe foi dada. Aliás, chupetinha cara da porra, viu? O pai recebera instruções para comprar exclusivamente uma chupeta de uma determinada marca, de um determinado modelo. Mas enfim, ele tinha ficado bem calminho com ela e valeu a pena naquele momento.

Só que a mãe, influenciada por alguns dos milhões de textos, comentários e opiniões que existem na internet sobre bebês, achou que dar a chupeta para o Rafael seria prejudicial (embora ela própria tivesse acionado o pai para comprar a chupeta) e começou a cortar o fornecimento chupêtico.

Basicamente existem duas linhas de administração de bebês em voga no que pertine a chupetas. Uma diz para usar e outra diz para não usar. Os defensores do uso dizem que é bom porque acalma o bebê e ainda ajuda a estimular e exercitar a musculatura da chupada/mamada. Ademais, aparentemente o uso da chupeta para dormir indica uma pequena relação de diminuição dos casos de morte súbita em bebês. Os que são contra o uso da chupeta dizem que ela é ruim porque é uma forma artificial de acalmar o bebê, que pode prejudicar a dentição, que chupetas mal-lavadas aumentam o número de doenças na boca do bebê (tipo sapinho) e que depois é difícil tirar a chupeta da criança.

A mãe segue ambas, ao sabor de seu humor e das influências que recebe... logicamente a adoção ao mesmo tempo de duas posições antagônicas tende a não dar certo. E logicamente que esse dilema não é isento de encanações monstro pela própria mãe.

A resultante dessa situação coluna do meio é que, agora, o Rafael Kenzo parece não curtir mais a chupeta. A gente coloca na boca dele e ele cospe. Isso seria um alívio se a mãe fosse fervorosa seguidora da linha que é contra chupetas. Só que ela parece ter mudado para a linha de quem gosta das chupetas, já que ajuda o bichinho a dormir, algo que ele não está fazendo a contento, segundo a própria avaliação da mãe. Assim, a chupeta não tem mais servido de acalmador do moleque, que fica acesão. Mas ao mesmo tempo, parece gostar da sucção. É só enfiar um dedinho na boca dele que ele começa a sugar que nem um aspirador de pó industrial.

Como a mãe agora quer o uso da chupeta e a chupeta que o Rafael Kenzo tem não é mais apreciada por ele, toca a comprar outros modelos de chupeta. Até porque alguém deu a opinião (ah, opiniões...) de que a chupeta especial que foi comprada pelo pai seria muito grande/pequena/feia/profunda/estranha/xixicocô, então outra deve ser a mais adequada...



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