31/03/2018 - Timbre, tom e volume

Um mês e duas semanas e o Rafael Kenzo absurdamente ainda não aprendeu a falar. Ainda se comunica com o choro, embora tenha agregado ao seu arsenal de mídia um ou outro gestual, do qual falaremos mais adiante.

Mas o fato é que o choro continua sendo a principal forma de comunicação. Pode significar um monte de coisa como fome, sono, irritação, cólicas e palavrões de baixíssimo calão na linguagem do bebê. Mas ainda assim é a forma que ele tem de alertar os pais para algo. 

Aprender o significado desse choro é que é o ó. Tem hora que você acha que é fome e na verdade é irritação ou vice-versa. No entanto, ele sempre deixa bem claro quando está xingando os pais e as avós dos pais. Nesse momento o choro vem com força, com raiva, o volume é alto e o vizinho de três andares acima já está chamando a polícia desconfiando de maus tratos, quando na verdade os pais estão apenas trocando as fraldas dele (algo que ele já deixou bem claro não gostar).

Mas fora essa hipótese extrema, o chorinho dele tem umas sutilezas que aos poucos os pais vão pegando, especialmente a mãe que passa mais tempo com ele. Tem choro que é levinho, meio besta, passa rapidinho, que é o começo da fominha. Se a fome tá mais braba, o choro é um pouco mais constante, mas mesmo assim não chega a ser um xingamento à mãe dos pais. O choro da cólica parece o choro das fraldas, mas esse  os pais conseguem perceber pelo singelo fato de não estarem trocando as fraldas (além, é claro, da barriguinha estufada e dura)

E por aí vai. Mas o mais marcante é o choro do sono e irritação por não dormir é uma crescente que pode chegar à completa fúria parecida ao choro das fraldas, mas de longa duração para delírio dos vizinhos de todos os andares do prédio. Mas nada que alguns meses, um implante coclear pela perda de audição e um tratamento psicológico para os pais não resolva...


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