E hoje foi dia da primeira partida do Brasil em Copas do Mundo acompanhada pelo Rafael Kenzo. Um dia bastante importante, marcante e do qual ele certamente guardará lembranças indeléveis. E como tem sido tradição na família, toda vez que um membro da família vê pela primeira vez um jogo do Brasil em Copas do Mundo, o jogo é difícil para a seleção.
Foi assim com o pai, que se lembra bem do Brasil X Suécia de 1978, um empate em 1 a 1 complicado e que ficou marcado pelo famoso gol do Zico que não valeu, num escanteio no último lance da partida. Quando a bola ainda estava no ar, o imbecil do árbitro da partida apitou o fim do jogo, instantes antes do Zico colocar a bola pra dentro, num lance que ainda não estava definido. Inclusive, depois desse jogo passou-se a recomendar aos árbitros que não apitassem o fim de jogo enquanto a bola estivesse em disputa durante uma jogada capital.
Foi assim também com a mãe, cujo primeiro jogo do Brasil em Copas foi a duríssima vitória do Brasil sobre a União Soviética por 2 a 1, num jogo famoso pelo frango do Valdir Peres, e pelos dois golaços da virada do Brasil já no final do jogo, um num chute no ângulo do Sócrates e outro numa bomba de fora da área do Éder que deixou pregado no chão o Rinat Dasayev, na época o melhor goleiro do mundo.
E também foi assim com a Polly, que teve o primeiro jogo do Brasil em Copas num jogo nervoso contra a Croácia. Apesar do jogo ter sido 3 a 1 para o Brasil, também foi de virada, num jogo em que o Brasil saiu perdendo após um gol contra do Marcelo, não esteve bem em campo, estava visivelmente nervoso e só conseguiu definir a vitória no final do jogo, com um gol de Neymar e outro do Oscar já nos acréscimos.
O Rafael Kenzo manteve a escrita. A sua estréia veio nesse empate ruim contra a Suiça em 1 a 1. O Brasil não fez uma boa partida, embora a Suiça não tenha levado muito perigo ao gol brasileiro e tenha feito o seu gol numa bola aérea em que o atacante suíço fez uma falta discreta no Miranda. O Brasil passou o jogo atacando a Suíça, mas em boa parte do tempo o fez sem muita intensidade e de forma pouco aguda, sem muita inspiração de seus atacantes. Sim, teve um pênalti no Gabriel Jesus, sim, perdemos muitas chances, mas o jogo foi difícil e o Brasil errou muitos passes.
Rafael Kenzo evidentemente poderá falar mais desse jogo inesquecível quando... aprender a falar. Mas fica o registro de uma estréia nervosa para a seleção e para ele.
|
Os nervos do Rafael estavam à flor da pele durante o jogo |