06/03/2018 - O peso

A preocupação de boa parte da humanidade é o peso. E na maior parte dos casos, o seu excesso. Lógico que temos que descontar casos específicos de tragédias humanitárias, ou situações específicas de doenças ou distúrbios psicológicos individuais. Mas em linhas gerais, em uma situação de estabilidade social e descontados os casos específicos de doenças e distúrbios, uma das maiores preocupações do ser humano é o excesso de peso. Exceto no caso dos bebês...

Ah, os bebês! Sempre tão frágeis, tão pequeninos, eles precisam engordar!! E precisam mesmo, mesmo quando quem fala isso é aquela tia que tem mais de 3 metros de quadris e que te acha magro mesmo depois que você passou a usar roupas GG. Afinal, os bebês têm que crescer, né? Não podem ficar desnutridos.

Por isso o peso é uma preocupação quando falamos em bebês. Até mesmo porque, como eles não falam, o peso acaba sendo um dos poucos elementos objetivos para avaliarmos se está tudo bem com ele. 

Quando o bebê é pequeno então... vixe! De preocupação vira obsessão. Rafael Kenzo, que nasceu com 46 cm e 2,680kg, é um caso típico. Lógico que o fato de ele ter pais quase anões ajuda bastante a explicar sua estrutura física. Mas mesmo assim, como tudo que se refere a bebês é feito na base da comparação, qualquer questão relativa a seu peso e altura se tornam um objeto de indisfarçável preocupação.

Será que ele está mamando direito? Porque o seio não tem medidos de mililitros, para vermos quanto ele tá mamando? 20 minutos, 30 minutos mamando é muito ou pouco? Porque ele se agita pra mamar? Por que ele recusa o peito no intervalo de 3 horas? Será que ele tá com fome? O leite é suficiente para matar a sede? Ele vai gostar de bacon? A médica e todos os livros falam que é normal que o bebê perca peso na primeira semana, mas será que é isso mesmo?

Tantas dúvidas que deixaram a mãe apreensivíssima (se é que essa palavra existe) durante duas longas semanas, até verificar que, ufa, Rafael Kenzo voltou a ganhar peso e seu progresso tem sido dentro dos padrões. em duas semanas ele igualou o peso ao nascer e cresceu 2,5cm. Ainda é um tampínha. Provavelmente será assim o resto da vida. Mas para mudar isso seria necessário ele ter escolhido melhor os pais... pelo menos sofrerá menos na classe econômica dos aviões.


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