08/03/2018 - Ninando no carro

Não dá pra reclamar muito do Rafael Kenzo. Ele não chora tanto assim (espero não me arrepender dessas palavras). Só chora quando precisa falar algo, ou seja, fome, sede, banheiro, frio, calor, e incômodo. Tudo bem que isso elimina praticamente todas as outras comunicações, mas como boa parte do tempo ele passa dormindo, e dormindo ele não chora, não está tão mal.

Mas quando falo isso, eu lembro de histórias de bebês que não suportam, por exemplo, andar de carro, o que torna a vida do motorista um inferno, especialmente se o deslocamento é longo. E bebês, no começo da vida, saem com alguma frequência para irem a médicos, exames, vacinas etc. 

O Rafael Kenzo, no entanto, não reclama de andar de carro. Mesmo nas ruas extremamente esburacadas de São Paulo (nada como um "gestor", né?), ele não reclama muito do chacoalhar, embora o pai tenha tentado ser cuidadoso ao máximo e evitar aqueles buracos que parecem trilha de jipeiro na Cantareira.

O filhotinho dorme que é uma beleza. Mesmo em um dia especial no qual a consulta demorou e invadiu o horário da mamada, o que lhe causou fome e choro, depois de alguns minutos de viagem ele já estava distraído com o balanço (e talvez com o teto solar e a paisagem acima dele) e parou de chorar, para alívio da mãe que, com o sono atrasado, pode dormir em paz no carro. 

O pai motorista? Bom, lógico que a ausência de choro é um alívio também. Mas ele já está acostumado a desligar a audição em viagens de carro, já que antes do Rafael, quem fazia o papel de fazer ruído era a mãe, falando da vida, do trabalho, de não sei quem que é chato, da vida de novo, e do trabalho de novo, do chato de novo, e da vida, e do trab.... enfim, o pai já tava treinado, né? E agora, com ambos dormindo, andar de carro passou a ser quase um alívio para ele, não fosse o off-road que é o asfalto paulistano!



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